Investigação sobre desvios de R$ 4 bilhões na saúde termina e ninguém foi preso que justiça é essa?

Investigação sobre desvios de R$ 4 bilhões na saúde termina sem ninguém preso

Juiz federal Adelmar Aires Pimenta condenou sete dos envolvidos no esquema, mas nenhum deles terá que fica preso. Outras seis pessoas e duas empresas foram absolvidas de todas as acusações.


Por G1 Tocantins

 

Desvios teriam acontecido na Secretaria da Saúde do Tocantins (Foto: Secom/Divulgação)Desvios teriam acontecido na Secretaria da Saúde do Tocantins (Foto: Secom/Divulgação)

Desvios teriam acontecido na Secretaria da Saúde do Tocantins (Foto: Secom/Divulgação)

A Justiça Federal condenou sete servidores públicos e políticos por supostos desvios de R$ 4 bilhões na saúde pública do Tocantins. Nenhum deles vai ficar preso. As penas variam entre perda de função pública, suspensão de direitos políticos e proibição de contratar com o poder público.

No processo todas as partes alegaram inocência. Veja no fim desta reportagem as respostas completas.

O julgamento é o desfecho da Operação Pronto-Socorro, da Polícia Federal. A investigação foi deflagrada em 2016 e investigava 151 pagamentos feitos pelo governo sem licitação entre 2012 e 2014. Na época, a ex-secretária estadual da Saúde, Vanda Paiva, chegou a ser presa.

A ex-secretária estadual de Saúde, Vanda Paiva, chegou a ser presa durante a Operação Pronto Socorro (Foto: Reprodução)A ex-secretária estadual de Saúde, Vanda Paiva, chegou a ser presa durante a Operação Pronto Socorro (Foto: Reprodução)

A ex-secretária estadual de Saúde, Vanda Paiva, chegou a ser presa durante a Operação Pronto Socorro (Foto: Reprodução)

Foram condenados

  • Luiz Renato Pedra Sá
  • Vanda Maria Gonçalves Paiva
  • Maria Lenice Costa
  • José Gastão Nader
  • Wagner Luís de Oliveira
  • Edinaldo Alves de Lima
  • Marco Aurélio Vieira Dias

Foram inocentados

  • Cícero Oliveira Bandeira
  • José Wilson Siqueira Campos
  • Murillo Vieira Queiroz
  • Omar Balbino Queiroz
  • Matheus Ribeiro Cunha Sales
  • Pedro Ribeiro Cunha Sales
  • Hospitalia Produtos para Saúde
  • Máxima Comércio de Produtos Hospitalares

A decisão é do juiz federal Adelmar Aires Pimenta. Na sentença, ele afirma que não há provas suficientes para condenar as pessoas e empresas que foram inocentadas no processo. O Ministério Público Federal, que fez a denúncia, ainda pode recorrer.

Na época dos fatos, a procuradora da república Renata Batista disse que o governo fez compras de medicamentos sem licitação e que parte dos produtos estavam superfaturados. Segundo o MPF, alguns remédios chegaram a ser comprados por um valor 9.000% maior que o de mercado. Todos os citados negaram ter cometido qualquer irregularidade.

A procuradoria ainda não informou se vai recorrer da sentença.

Decisão é da Justiça Federal do Tocantins (Foto: Divulgação/Justiça Federal do TO)Decisão é da Justiça Federal do Tocantins (Foto: Divulgação/Justiça Federal do TO)

Decisão é da Justiça Federal do Tocantins (Foto: Divulgação/Justiça Federal do TO)

Outro lado

A defesa de Wagner Luís de Oliveira disse que embora ele tenha sido condenado, a Justiça acatou parte dos argumentos e afastou alguma das denúncias. Disse ainda que vai recorrer da sentença e tentar a absolvição completa. O mesmo advogado defende Cícero Oliveira Bandeira e destacou que no caso dele o juiz afastou a possibilidade de qualquer conduta imprópria.

Vanda Maria Gonçalves Paiva e José Gastão Nader negaram as acusações e disseram que vão recorrer. O G1 não conseguiu contato com as defesas de Luiz Renato Pedra Sá, Marco Aurélio Vieira Dias, Edinaldo Alves de Lima e Maria Lenice Costa.

No processo, todas as partes alegaram inocência e disseram não ter cometido nenhuma irregularidade.

Comentários
você pode gostar também