Os bons governos se abrem para os mecanismo de participação pública”, afirma conselheira do TCE

Os bons governos se abrem para os mecanismo de participação pública”, afirma conselheira do TCE

 

Há três dias de mais uma eleição, Doris Coutinho falou sobre finanças públicas com universitários de Palmas

 

Às vésperas de mais uma eleição presidencial, acadêmicos de uma faculdade de Palmas puderam entender e tirar suas dúvidas sobre finanças públicas, na noite desta quinta-feira, 25, com a advogada e conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE), Doris Coutinho.

Doris, que é autora do livro “Finanças Públicas: travessia entre o passado e o futuro”, onde apresenta de forma mais ampla a administração pública brasileira, seus principais problemas e possíveis soluções, falou com os alunos sobre corrupção, responsabilidade fiscal e as mudanças necessárias para um bom uso da máquina pública.

De acordo com Doris, os recursos públicos estão ficando cada vez mais escassos e isso tem consequência direta na qualidade dos serviços públicos que são ofertados à população. Diante disso, ela convidou todos para uma reflexão acerca do que pode ser feito pela população para mudar essa situação, que passa por uma participação mais ativa das ações de fiscalização do poder público. “O Brasil se acostumou ao modelo reativo e punitivo de controle, e não na construção de um modelo sistêmico para que o dinheiro público seja empregado de maneira efetiva”, pontuou.

Ainda segundo a conselheira, os inúmeros casos de corrupção são reflexos de uma falha de governo que vem sendo repetida ao longo da história, além da clara apatia da população em relação a esse cenário. Para Doris Coutinho, o que melhoraria efetivamente o funcionamento da máquina pública seria a aplicação de mecanismos para melhorar a transparência nas contas públicas, a participação popular ao cobrar dos gestores a boa aplicação desses recursos e a responsabilização daqueles que fazem o mau uso destes. Contudo, Doris reforçou que a participação popular é, dentre esses, o mecanismo mais poderoso. “A responsabilidade social é o que faz do indivíduo um cidadão, e nós precisamos tomar as rédeas dessa situação. A representatividade parlamentar não exclui a participação popular na fiscalização dos gastos públicos”, finalizou.

 

VIII Jornada de Iniciação Científica e de Extensão
A palestra fez parte da programação de encerramento da VIII Jornada de Iniciação Científica e de Extensão, da Faculdade Católica do Tocantins, que teve como objetivo a divulgação das produções técnico-científicas da comunidade acadêmica e as práticas de aplicação do conhecimento na sociedade.

 

 

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