Moscou não vê motivos para o Brasil de Bolsonaro desempenhar papel destrutivo no BRICS

Os líderes russo, sul-africano, indiano, chinês e brasileiro na reunião multilateral durante a IX cúpula dos BRICS e, Xiamen, em 4 de setembro de 2017

Moscou não vê motivos para o Brasil de Bolsonaro desempenhar papel destrutivo no BRICS

© Sputnik / Grigory Sysoev

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Nesta quarta-feira (16), no decorrer da coletiva de imprensa, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, entre outros assuntos, comentou o futuro do grupo BRICS em conexão com a chegada de Jair Bolsonaro (PSL) à presidência brasileira.

Segundo o chanceler russo, Jair Bolsonaro, em contatos com representantes russos confirmou a continuidade da linha nas relações com Moscou no âmbito do BRICS.

“O presidente Bolsonaro entrou em contato com nossos representantes, inclusive com o nosso representante em sua cerimônia de posse, o representante da Duma de Estado [câmara baixa do parlamento russo], Volodin. Ele confirmou seu curso de continuidade nas relações com a Rússia, e sua disposição de participar do desenvolvimento do BRICS”, apontou Lavrov.O chanceler russo apontou que o Brasil já começou sua presidência no BRICS.

“Literalmente nestes dias, os colegas brasileiros nos deram a conhecer o plano de sua presidência, com os prazos de realização das reuniões ministeriais, da cúpula e do programa que eles propõem aos participantes desta união”, afirmou.

De acordo com Lavrov, Moscou não vê motivos, com o novo presidente, para o Brasil desempenhar um papel destrutivo no bloco.

“Não vejo nenhuns motivos para supor que o Brasil irá desempenhar um papel destrutivo no BRICS. Ao contrário, eles [os colegas brasileiros] nos asseguram que esse bloco, essa união, é uma das prioridades da política externa do Brasil”, ressaltou o ministro.

Com a chegada de Jair Bolsonaro ao poder, surgiram incertezas quanto às vias da política externa do novo governo. Entre elas, devido às indicações de um maior alinhamento com os Estados Unidos, e a União Europeia, vários analistas levantam questões sobre o futuro do Brasil no bloco BRICS.Entretanto, o novo presidente ainda não se pronunciou oficialmente sobre a postura quanto ao grupo.

O Brasil assume a presidência rotativa do BRICS em 2019 e deve organizar sua próxima reunião de cúpula.

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