Com vários partidos,PV e PRTB, Rede lança Márlon Reis e ainda faz mistério sobre majoritária

Com apenas PRTB, Rede lança Márlon Reis e ainda faz mistério sobre majoritária

“Nós precisamos de muitos braços para que este projeto se concretize”, defendeu o candidato, que ainda negocia com PDT, PSD, PT e PV

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A Rede Sustentabilidade fez o previsto e lançou o ex-juiz e advogado Márlon Reis ao governo do Estado na convenção da noite desta sexta-feira, 3, em Palmas. Entretanto, as demais vagas majoritárias e as coligações proporcionais vão continuar uma incógnita ao menos até este domingo, 5, data limite para que a executiva do partido feche as alianças. Apesar de ter conversas avançadas com PDT, PSD, PT e PV, nenhuma destas siglas prestigiou o evento. Apenas o PRTB se fez presente.

Antes da convenção, Márlon Reis conversou com à imprensa e garantiu que “não há nada definido” em relação as vagas para disputar o Senado. A Rede tem conversas avançadas com o deputado federal Irajá Abreu (PSD) e com o deputado estadual Paulo Mourão (PT). “Até domingo será composta a chapa majoritária na íntegra e definida as composições proporcionais. Estamos em um debate democrático com os partidos”, resumiu o agora candidato a governador do Tocantins.

A próprio Rede Sustentabilidade tinha indicado a ex-prefeita de Palmas Nilmar Ruiz ao Senado, porém as articulações feitas para garantir musculatura à campanha ao governo a afastou do projeto. Márlon considerou a decisão algo natural. “Todas as pessoas tem o direito de participar dos projetos desenhados exatamente como estão. Ela é uma pessoa queridíssima, respeitadíssima por mim, mas creio que segue um caminho normal. Ninguém é obrigado a participar de um movimento”, comentou.

Questionado se as articulações em andamento prejudicariam o discurso de novo adotado junto ao eleitorado, Márlon Reis rejeitou a possibilidade porque o partido vai preservar o “conteúdo programático” do projeto. “Todas as alianças estão sendo construídas com base nos seguintes princípios: preservação do nosso programa, não loteamento de cargos e também a autonomia e manutenção da Rede na cabeça de chapa”, garantiu o candidato a governador.

Para Márlon Reis, a aliança se faz necessária para ter chances reais de vencer o pleito. “A legislação eleitoral torna inócua, inofensiva, uma candidatura sem alianças. Esta eleição é completamente diferente da [suplementar] de junho. Se tentássemos reproduzir nesta eleição em que centenas de pessoas pedirão votos o mesmo que fizemos quando tínhamos apenas sete candidatos, nós desapareceríamos do cenário. É uma característica do nosso sistema”, acrescentou.

Convenção
Aos convencionais da Rede Sustentabilidade durante a convenção, Márlon Reis manteve o discurso em defesa de alianças, reforçando que a eleição de outubro será diferente da eleição suplementar, justificando, assim, a necessidade de abraçar mais partidos. “É o mesmo tabuleiro, mas em junho estávamos jogando damas, em outubro vamos ter que jogar xadrez”, comparou o advogado.

“É fácil falar bonito, andar só com os nossos, e perder a eleição bonito, orgulhosos, mas sem mudar em nada a vida dessas pessoas porque nos preocupamos mais com a preservação de nossa imagem do que ter tido a coragem de vencer uma eleição”, disse Márlon Reis em discurso, que admitiu precisar de mais apoio para garantir a vitória. “Nós precisamos de muitos braços para que este projeto se concretize”, complementou. Para o candidato do Rede Sustentabilidade, outubro será a oportunidade para vencer “as duas famílias oligárquicas que sempre governaram o Tocantins”.

PRTB
Apesar de PV e PT já terem se manifestado publicamente favoráveis à candidatura de Márlon Reis, apenas o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro confirmou o apoio em convenção. Presente no evento do Rede, o presidente do PRTB, Júlio Fidelix, fez coro ao discurso do candidato a governador;

Júlio Fidelix admitiu que tem sofrido pressão dentro do partido – que é de direita – por causa das articulações de Márlon Reis. Cotado para ser candidato a vice-governador, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Gurupi (Acig), Adailton Fonseca (PRTB), já rejeitou a possibilidade por causa da  mudança de rumo do Rede Sustentabilidade. Entretanto, o presidente do PRTB defendeu que não olha “quem é de direita ou esquerda”, mas sim “o projeto”.

“É um projeto para acabar com a oligarquia, com os desmandos, a corrupção. Ele quer uma gestão voltada para o povo, para a decência. Então analisei que não estamos olhando para o retrovisor, mas para frente. E na frente quem vai governar e ele [Márlon Reis”, disse Júlio Fidelix em discurso.

Nova indicação do Rede
Com Nilmar Ruiz desistindo do projeto, o professor Adail Pereira Carvalho colocou-se à disposição para ser o pré-candidato do Rede Sustentabilidade ao Senado Federal. Na convenção, a executiva partidária assumiu o compromisso de levar a indicação para a mesa de negociação com os demais partidos.

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