Rompimento de barragem em Brumadinho destruiu 269 hectares de mata

Rompimento de barragem em Brumadinho destruiu 269 hectares de mata

Maior parte da área devastada era vegetação nativa de Mata Atlântica
Devastação causada por rompimento de barragem da Vale em Brumadinho Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo
Devastação causada por rompimento de barragem da Vale em Brumadinho Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo

BRASÍLIA — O rompimento da barragem de minérios da Vale emBrumadinho (MG) destruiu pelo menos 269,84 hectares de matapor onde a lama passou. Os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Ibama foram obtidos por meio de imagens de satélite. Um hectare equivale ao tamanho de um campo de futebol.

Análise realizada pelo Centro Nacional de Monitoramento e Informações Ambientais (Cenima) do Ibama aponta que os rejeitos de mineração devastaram 133,27 hectares de vegetação nativa de Mata Atlântica e 70,65 hectares de Áreas de Proteção Permanente (APP) ao longo de cursos d’água afetados pelos rejeitos de mineração.

A análise foi realizada no trecho da barragem da mina Córrego do Feijão até a confluência com o rio Paraopeba.

Foram comparadas imagens de satélite obtidas dois dias após o rompimento com imagens de 3 e 7 dias antes da catástrofe. A área afetada pelos rejeitos nas margens do rio Paraopeba não foi estimada até o momento em razão de nuvens nas imagens de satélite, segundo o Ibama.

O Ibama prepara um laudo técnico com a avaliação preliminar sobre os impactos ambientais causados pelo rompimento da barragem em Brumadinho. Os mapas produzidos serão encaminhados para os órgãos envolvidos na resposta ao desastre.

VEJA O RASTRO DA LAMA EM BRUMADINHO
Imagens de satélite mostram a nova geografia da região após o desastre
Imagens obtidas pelo satélite Pléiades, da Airbus, antes e depois da tragédia, revelam a extensão dos danos provocados pelo rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG) na última sexta-feira.
Antes
A primeira imagem é do dia 18 de janeiro, exatamente uma semana antes do desastre. A segunda imagem foi obtida no domingo.
Depois
Apesar da grande quantidade de nuvens, é possível identificar o caminho percorrido pela lama de rejeitos. As comunidades e a área administrativa da Vale, que foram soterradas, também ficam nítidas nas imagens.
Fonte: Pléiades © CNES 2019, Distribution Airbus DS

 

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