Conselho de Segurança da ONU rejeita condenar ataque na Síria Resolução, apresentada pela Rússia, alegava que o ataque representa uma violação do direito internacional


Conselho de Segurança da ONU rejeita condenar ataque na Síria
Resolução, apresentada pela Rússia, alegava que o ataque representa uma violação do direito internacional
Por EFE
access_time14 abr 2018, 15h30
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O Conselho de Segurança da ONU realiza uma reunião a pedido da Rússia para discutir as ações militares realizadas pelos Estados Unidos, França e Grã-Bretanha na Síria (Eduardo Munoz/Reuters)

O Conselho de Segurança da ONU rejeitou neste sábado uma resolução apresentada pela Rússia para condenar o ataque lançado nas últimas horas contra a Síria por Estados Unidos, Reino Unido e França.

A minuta da resolução considerava que o ataque representa uma violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas e pedia às três nações que evitem no futuro o uso da força contra o regime de Bashar al Assad.

O texto também expressava a “grave preocupação” pela “agressão” contra a soberania territorial da Síria e solicitava à comunidade internacional que permitisse os trabalhos de uma equipe de especialistas que chegou hoje a esse país para investigar denúncias sobre o suposto uso de armas químicas no último dia 7 de abril.

O documento só conseguiu o apoio de três representantes do Conselho (Rússia, Bolívia e China), enquanto quatro se abstiveram (Peru, Cazaquistão, Etiópia e Guiné Equatorial).

Votaram contra os outros oito integrantes (EUA, Reino Unido, França, Suécia, Costa do Marfim, Kuwait, Holanda e Polônia), razão pela qual não obteve o mínimo de nove votos necessários para que a resolução fosse aprovada.

Entre os que informaram sua posição estava o representante da Suécia, Olof Skoog, que disse que tinha votado contra por considerar que o texto “não estava equilibrado” e não atendia às principais preocupações do seu país.

A votação aconteceu na parte final de uma reunião do Conselho de Segurança convocada com urgência para analisar a situação na Síria após o ataque das últimas horas realizado pelos EUA e seus aliados.

O embaixador russo, Vasyl Nebenzia, cujo país pediu a convocação desta reunião, havia antecipado sua intenção de levar ao Conselho este projeto de resolução, que tinha escassas possibilidades de ser aprovado.

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