Procuradoria vai reforçar estratégias de combate à corrupção e pode acionar Congresso, diz Raquel após revés da Lava Jato

austo Macedo

Procuradoria vai reforçar estratégias de combate à corrupção e pode acionar Congresso, diz Raquel após revés da Lava Jato

Logo depois da sessão histórica do Supremo, nesta quinta, 14, em que, por 6 votos a 5, os ministros da Corte decidiram que Justiça Eleitoral deve ficar com pacote completo de crimes de corrupção e caixa 2, procuradora-geral afirmou que instituição ‘continuará atuando para prevenir impunidade’

15 de março de 2019 | 14h30

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

A procuradora-geral, Raquel Dodge, afirmou que o Ministério Público Federal ‘seguirá firme para prevenir e combater a corrupção no país’. A declaração foi feita logo após a sessão desta quinta, 14, do Supremo Tribunal Federal (STF) que impôs pesado revés à Lava Jato. Prevaleceu o entendimento dos ministros de que cabe à Justiça Eleitoral processar e julgar casos em que há indícios da prática tanto de crimes eleitorais quanto comuns.

As informações sobre as declarações de Raquel foram divulgadas pela Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria.

A tese defendida pela procuradora-geral no julgamento foi a de que deveria haver uma cisão entre os casos, ’em respeito à competência criminal da Justiça Federal discriminada no artigo 109, inciso IV da Constituição’.

Seis ministros votaram pela prevalência da competência da Justiça Eleitoral – pelo critério da conexão – e cinco acataram os argumentos do Ministério Público Federal.

Ao analisar o resultado, Raquel afirmou que ‘a instituição respeitará a decisão, mas também reforçará estratégias para combater a corrupção utilizando novos instrumentos jurídicos podendo, inclusive acionar o Poder Legislativo, se este for considerado o melhor caminho para enfrentar o problema’.

“Corrupção, lavagem de dinheiro e crime organizado são prioridades no Ministério Público Federal”, declarou a procuradora.

“As verbas públicas são extremamente importantes. Devem ser intocáveis por corruptos. Se desviadas, causam danos imensos. Devem ser devolvidas aos cofres públicos. Os infratores devem ser punidos”, afirmou.

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