Conservadores: O que defende o partido em gestação por aliados de Eduardo Bolsonaro

Conservadores: O que defende o partido em gestação por aliados de Eduardo Bolsonaro

Uma sigla perfeita para abrigar aqueles que prezam pela legítima defesa, pela família tradicional e a moral cristã.

ADRIANO MACHADO / REUTERS
Futuros filiados ao Conservadores devem concordar e repudiar “qualquer política de cota baseada em critérios biológicos ou raciais”.

Ao alimentar a crise interna no PSL e aventar uma mudança de sigla, o presidente Jair Bolsonaro abriu outra discussão: para onde irá. Uma das possibilidades é uma nova legenda para permitir que correligionários possam seguir os seus passos.

Mesmo que essa seja uma hipótese pouco provável, por causa de todo o procedimento que envolve a criação de um partido, já existe até uma possível opção: o partido Conservadores, com estatuto em fase final de elaboração. São aliados do filho 03, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que trabalham nisso.

Nas premissas a serem adotadas, há destaque para “a moralidade cristã como o respeito à vida, à família e à liberdade”. No capítulo intitulado “Dos fundamentos”, delimita-se uma série de preceitos a serem seguidos pelos filiados ao partido e colocam-se como “direitos humanos fundamentais” o “direito à legítima defesa individual”, a “primazia da autoridade familiar frente ao Estado”, o “combate à sexualização precoce de crianças”, o “combate à apologia da ideologia de gênero”, e a “defesa do legado da moralidade cristã e da civilização ocidental”.

O estatuto defende ainda a “liberdade plena do cidadão na relação de emprego”, falando “de participação de um sistema previdenciário”, de investimento da totalidade de sua renda”, “de não sindicalização e de não associação”, “de negociação direta entre produtores e consumidores de emprego” e “direito à profilaxia da tirania, combatendo qualquer estatuto ou política de desarmamento ou centralização de poder”.

Há ainda ressalva para a “educação básica livre de doutrinações, como fundamento da cidadania” e mais uma vez menção à legítima defesa, desta vez com destaque ao direito de porte de “todos os meios adequados para combater o agressor”.

No texto que aliados do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) estão elaborando, fala-se também de um “ambiente social livre de drogas” e que os futuros filiados ao Conservadores devem concordar e repudiar “qualquer política de cota baseada em critérios biológicos ou raciais”.

O estatuto veda “subsídios ou propagandas governamentais na mídia”, “alianças ou coligações com partidos da esquerda bolivariana”.

O texto, que serviria de orientação para eventuais filiados, candidatos ou eleitos do possível partido político, coloca essas questões como fundamentais e diz que “temas não listados como fundamentos essenciais do partido serão de livre posicionamento”, exigindo ainda que cada um reitere “publicamente os princípios conservadores, especialmente nos períodos eleitorais”.

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