Por determinação do presidente Michel Temer, os ministros têm se reunido duas vezes ao dia para acompanhar os efeitos da greve, encontro mantido neste feriado de Corpus Christi.

No 11º dia da paralisação dos caminhoneiros, que protestam contra a alta do preço do óleo diesel, o fornecimento de alimentos começou a se normalizar em alguns estados, e o governo tem registrado melhora no escoamento de produtos.

No Porto de Santos (SP), o maior do país, o fluxo de caminhões é garantido pela presença de militares do Exército e da Marinha, que fazem a segurança nos acessos ao porto.

A prioridade no Planalto é garantir o transporte de combustíveis, gás de cozinha, alimentos e medicamentos e a retomada da atividades da indústria e do agronegócio.

Nos últimos dias, o governo definiu medidas para evitar atos de violência contra caminhoneiros que desejam voltar ao trabalho.

Além da escolta fornecida pelas Forças Armadas e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi criado um canal, por meio de um telefone, para denúncia de atos de violência contra caminhoneiros (61 99154-4645).

O presidente Michel Temer formalizou medidas para assegurar a redução de R$ 0,46 no preço do litro do óleo diesel, parte do acordo entre governo e lideranças dos caminhoneiros para encerrar a greve.

Em edição extra do “Diário Oficial da União”, Temer sancionou a lei que prevê a reoneração da folha de pagamento das empresas de 28 setores da economia e vetou o trecho que eliminava a cobrança de PIS-Cofins sobre o diesel até o fim deste ano, conforme aprovado pelo Congresso.

O veto já era esperado e, para substituir o trecho que tratava do tributo, Temer editou três medidas provisórias.

O Planalto conta com a reoneração para ampliar suas receitas e ajudar a viabilizar a redução do preço do combustível.

Temer também assinou MP que permite a “compra” de horas de folgas de policiais rodoviários federais, instituindo uma espécie de “plantão voluntário”.

Os policiais que optarem por trabalhar em parte do descanso remunerado serão indenizados.