Cid confirma teor de delação e nega ter sido coagido por autoridades

3/03/2024, 13:30 Cid confirma teor de delação e nega ter sido coagido por autoridades

Cid confirma teor de delação e nega ter sido
coagido por autoridades
Em audiência no STF, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro disse que não sofreu pressão durante depoimentos
Por Da Redação
Atualizado em 22 mar 2024, 22h18 – Publicado em 22 mar 2024, 21h46
Ouvido em audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sextafeira, 22, Mauro Cid confirmou os fatos relatados em sua colaboração
premiada e negou que tenha sido pressionado pelo Judiciário ou a polícia
para fechar o acordo e que tenha sofrido coação durante os depoimentos.
Cid foi ouvido nesta sexta após a divulgação com exclusividade por
VEJA de áudios em que o tenente-coronel faz críticas à Polícia Federal e ao
ministro do STF Alexandre de Moraes. Nas gravações, Cid também afirma
que a PF estava “com a narrativa pronta” durante seus depoimentos no
âmbito de investigações que miram o ex-presidente Jair Bolsonaro.
nte depoimento à CPMI do 8 de Janeiro (Pedro França/Agência Senado)

Na audiência, Cid negou que tenha sido coagido pelas autoridades. “Nunca
houve induzimento às respostas. Nenhum membro da Polícia Federal o
coagiu a falar algo que não teria acontecido”, registrou o termo de audiência
tornado público nesta sexta após decisão de Moraes.
O ex-ajudante de ordens afirmou que as declarações contidas nos áudios
foram “desabafos”, que está com problemas financeiros e familiares e que
está “mais sensível” neste mês de março diante da possibilidade de ser
promovido no Exército.
Prisão
Após a audiência, Mauro Cid foi preso preventivamente por ordem
de Alexandre de Moraes por obstrução de justiça e violação de medidas
cautelares.
O tenente-coronel desmaiou e foi socorrido por brigadistas no Supremo.
Ele passou por exame de corpo de delito e foi levado ao Batalhão do
Exército de Brasília, onde ficará detido.

Comentários
você pode gostar também