COTIDIANO
É urgente a vistoria de todas as barragens que oferecem risco, diz ministro
O ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, afirmou na noite deste sábado (26) que o governo pretende realizar novas vistorias em todas as barragens do país que “ofereçam maior risco”. “É importante e urgente que aquelas barragens, no Brasil inteiro, que ofereçam maior risco sejam submetidas a uma nova vistoria, para que nós possamos nos antecipar, na medida do possível, a novos desastres”, declarou.
A declaração foi dada após Heleno participar de reunião do gabinete de crise instalado na véspera pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) para monitorar o desastre causado pelo rompimento de uma barragem em Brumadinho (MG), na sexta-feira (25).
Ao ser questionado sobre quando as medidas seriam implementadas, o ministro disse que, devido à quantidade de barragens, não há como garantir que as vistorias sejam feitas “imediatamente”. “Dependendo do tamanho e da localização da barragem, vai requerer um planejamento, mas a ideia é que isso aconteça no mais curto prazo, principalmente as que já estão relacionadas como de maior risco”.
A barragem que se rompeu em Brumadinho, no entanto, estava fora da relação de barragens de mais risco.
Mudança no licenciamento
Ainda segundo o ministro, há também a intenção de mudar o protocolo de licenciamento de barragens. “Eu não sou especialista em meio ambiente, mas é óbvio que os ministérios que são especializados no assunto vão atuar para que esse protocolo seja revisto, porque parece que há alguma coisa que está falhando nesse licenciamento”, disse.
Porta-voz informal da reunião, que durou cerca de duas horas, Heleno deu detalhes sobre os planos, como prazos.
Segundo ele, o objetivo do encontro foi definir a responsabilidade de cada ministério no desenvolvimento das ações de governo.
“Nós também já adiantamos que é muito importante o auxílio direto à comunidade que foi afetada. A preocupação maior agora é a busca das vítimas”, disse.
Auxílio financeiro
Heleno afirmou que o governo também deve oferecer auxílio financeiro para as vítimas do desastre, como adiantamentos de benefícios à população. “Quantias não estão definidas porque o Ministério da Economia não estava presente na reunião e nós dependemos dele para quantificar esse auxílio.”
Ele não deu mais detalhes e se irritou com perguntas sobre o assunto. “Acabei de falar que o Ministério da Economia não estava aqui e eu não sei quantificar. Não repitam perguntas porque é bobagem, estamos gastando tempo à toa.”