Aldinez Barbosa, filha do paciente, conta que Odilon estava na comemoração em que foi servido o suco. Dias depois, o idoso adoeceu. “Meu pai começou a passar mal na fazenda. Ele ficava sempre tonto, caindo, e minha mãe ficava preocupado com aquilo”.

Todas as pessoas sentiram os mesmos sintomas. Nove pertencem à mesma família e foram diagnosticados com a doença de chagas.

De acordo com o médico infectologista Flávio Milagres, há várias formas de infecção e o cuidado com os alimentos é importante para evitar a doença. Isso porque palmeiras, como o pé de bacaba, servem de esconderijo para o mosquito barbeiro, transmissor da doença.

“Ao picar um paciente, ele também evacuava e essas fezes contendo os parasitas, quando o paciente coça o local da picada, o parasita então entrava na corrente sanguínea e causava a infecção”.

Os infectados em Aparecida do Rio Negro foram contaminados ao ingerir resíduos do barbeiro que estavam nos frutos. Nesse caso, as frutas podem ter as fezes, urina ou pedaços do inseto.

• Febre alta e contínua;
• Após duas semanas, febre no fim da tarde;
• Inchaços;
• Dores no corpo e nas articulações;
• Náuseas, vômitos e mal estar;
• Fraqueza.

O infectologista lembra que apesar de ter cura, as pessoas que forem infectadas correm risco de morrer. “A fase aguda é considerada grave com risco de mortalidade. Principalmente por complicações no sistema nervoso central e também do coração, a chamada miocardite, uma inflamação aguda”, explica. O risco de transmissão pode ser evitado com a lavagem adequada do fruto e a fervura do alimento.

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