Para o pai José Alves Pereira, relembrar o que aconteceu sugnifica reviver toda e a dor enfrentada com a morte do filho. “Foi uma coisa pesada demais, naquela hora se fosse eu, estaria muito mais satisfeito. Hoje tem hora que dói mais do que naquele dia”, lamentou.

Um dos acusados do crime, Paulo Josias de Moura que já tinha sido baleado na perna durante o assalto, morreu no mesmo dia durante um confronto com a Polícia Militar.

O outro acusado é Manoel Cavalcante dos Santos, que na época, conseguiu fugir usando o nome de Elismar Cavalcante dos Santos. Ele foi preso oito dias após o crime no estado do Piauí, mas não chegou a ser transferido para o Tocantins porque ainda está cumprindo pena por porte ilegal de arma de fogo no outro estado.

Mais de um ano depois do crime, o caso ainda aguarda uma decisão da Justiça. A mulher do policial Claudiana Alves Bezerra disse que até agora não teve uma resposta. “Ficou parado, a gente não sabe de nada, não tem resposta de nada, se ele vai vir, quando, e o que está dependendo de ele vir para cá”.

Segundo o promotor Leonardo Blanck, que fez a denúncia, o processo precisou ser feito por etapas, o que atrasou o julgamento. “Pelo que a gente conhece, da forma de atuar da defesa e a forma célere como o magistrado produz e profere suas decisões, deve estar saindo a sentença em relação ao caso”.

O policial militar foi morto no dia 12 maio do ano passado em Araguaína, durante uma troca de tiros na porta de uma agência bancária. Segundo a Polícia Militar, a vítima é o sargento Jandres Alves Bezerra, de 43 anos, da Polícia Militar Ambiental, que reagiu a um assalto. Outras duas pessoas ficaram feridas.

De acordo com a PM, o policial estava na fila esperando para ser atendido quando os criminosos chegaram. O sargento trabalhava na PM desde 1994 e deixou quatro filhos e três netos.

O acusado do crime foi denunciado pelo Ministério Público Estadual por latrocínio, roubo seguido de morte, e tentativa de homicídio contra as demais pessoas que estavam no local.