Polícia Civil cumpre mandados em operação contra funcionários fantasmas na Assembleia
Mandados são cumpridos em Palmas e Porto Nacional. Fantasmas estariam ligados a três gabinetes; a suspeita é de que grupo desviou cerca de R$ 1 milhão.
Por G1 Tocantins
Mandados de intimação, busca e apreensão estão sendo cumpridos na manhã desta quinta-feira (31) pela Policia Civil em uma operação que investiga supostos funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa do Tocantins. A estimativa é de que o esquema causou mais de R$ 1,5 milhão em danos. Há evidências de que pelo menos 11 servidores recebiam sem trabalhar.
Estes funcionários estariam ligados aos gabinetes dos deputados Toinho Andrade (PHS) e Amélio Cayres (SD). Um dos investigados era servidor fantasma ligado a presidência da casa de leis no período em que Osires Damaso (PSC) foi presidente.
Ainda conforme a polícia, os deputados não são investigados neste momento.
Os mandados são cumpridos por agentes da Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma) em Palmas e Porto Nacional, onde se concentra a maioria dos suspeitos.
O G1 ainda tenta contato com os gabinetes dos deputados.
A investigação
A Operação Catarse é uma força-tarefa de várias delegacias do estado para investigar danos ao erário público. As investigações começaram após denúncias de funcionários fantasmas do governo do Estado em Araguaína, norte do Tocantins.
Depois, mandados foram cumpridos na Secretaria-geral de Governo, no Palácio Araguaia, onde os agentes encontraram indícios de que 300 funcionários estariam recebendo sem trabalhar.
O caso chegou na Assembleia Legislativa em dezembro. Três funcionários do deputado Valdemar Junior (MDB) foram presos suspeitos de participar de um esquema. O deputado e a ex-mulher dele são apontados como beneficiados no esquema.