Israel lança ataque aéreo sobre Gaza

Israel lança ataque aéreo sobre Gaza

16.05.2018 às 23h53

MAHMUD HAMS

Perto da uma da manhã (23h00 em Portugal continental), Israel terá lançado uma série de ataques aéreos contra posições do Hamas na Faixa de Gaza. Este tipo de ataques já aconteceram outras vezes e o último foi há menos de uma semana, quando as Forças de Defesa de Israel bombardearam um túnel de abastecimento de marcadorias e energia de Israel para Gaza

Na madrugada desta quinta-feira (quando passava pouco das 23h00 em Portugal), Israel voltou a bombardear a Faixa de Gaza. Sexta-feira passada tinha ficado marcado como o dia mais violento em Gaza desde 2014. Mais de 50 palestinianos foram mortos pelo exército israelita em protestos na Faixa de Gaza contra o bloqueio económico e social que sofrem há mais de dez anos – e pelo direito de regressarem a um território que consideram ocupado por Israel. No sábado, Israel fechou um dos principais postos fronteiriços com Gaza e destruiram um dos túneis contruidos pela milícia palestiana Hamas construidos numa tentativa de continuar a trazer bens essenciais para Gaza.

O jornal “Times of Israel” confirmou que Israel conduziu uma série de ataques a bases militares no norte da Faixa de Gaza e cita fontes da imprensa palestiniana avançando ainda que estes ataques terão sido uma reposta aos alegados ataques da milícia palestiniana Hamas à cidade israelita de Sderot, que fica perto da fronteira com Gaza. De acordo com o jornal, seis alvos foram atacados.

Ahmed Salama é fotografo em Gaza e descreveu ao Expresso, através de uma conversa no serviço de mensagens instantâneas do Twitter, os primeiros momentos depois do ataque: “Ouvi três fortes explosões a cerca de quinze quilómetros de onde estou. Penso que os ataques tenham atingido zonas descampadas e até agora não me chegaram notícias de que tenha havido mortos”. Ainda assim, salienta, “há pessoas e edifícios perto dos locais atacados”.

Cerca de cinco horas antes do ataque, as Forças de Defesa israelitas confirmaram, através da sua conta no Twitter, que tinham atingido dois postos militares do Hamas no Sul de Gaza. As informações agora parecem ser que os ataques divergiram para o ocidente e norte da pequena faixa de terra que, no total, tem 41 quilómetros de comprimento.

As mortes de sexta-feira elevaram para 112 o número de palestinianos mortos na Faixa de Gaza desde o início, a 30 de março, de um movimento de contestação em massa, a “Marcha do Retorno”. Entre os 60 civis palestinianos hoje abatidos a tiro pelo exército israelita, contavam-se “oito crianças com menos de 16 anos”, afirmou o embaixador palestiniano na ONU, Riyad Mansour, em conferência de imprensa, acrescentando que “mais de 2.000 palestinianos ficaram feridos” durante os protestos.

(em desenvolvimento)

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