CORRUPÇÃO NO JUDICIÁRIO BRASILEIRO

Dodge aciona Fachin e relata suspeita de corrupção em decisão de ministros

Procuradora-geral da República enviou uma petição ao ministro para abrir uma frente de investigação poderosa.

Já está sobre a mesa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, um pedido polêmico da procuradora-geral da República Raquel Dodge. Ela quer que o ministro abra uma frente de investigação partindo de depoimentos cruciais de executivos da J&F, que liga os irmãos Joesley e Wesley Batista.

Fachin terá que desmembrar os depoimentos e enviar alguns para a primeira instância, outros para tribunais regionais e alguns permanecerão aos cuidados do Supremo. Porém, de todos esses depoimentos colhidos, um está chamando a atenção e pode causar um grande alvoroço no Judiciário. Com a iniciativa de Fachin em atender o pedido de Dodge, pode-se chegar a uma investigação poderosa que retrata um esquema grandioso de corrupção tomando conta de tentativas de compra de decisões de tribunais superiores.

O começo estaria ligado a um depoimento do diretor jurídico da holding da JBS, Francisco de Assis e Silva. Em sua delação premiada, ele levou à Procuradoria-Geral da República (PGR), no ano passado, um grande movimento suspeito de advogados que estavam a serviço da JBS. O intuito principal era a compra de sentenças em importante gabinetes de Cortes superiores. Para não perder todos os benefícios da delação, Francisco correu e entregou a tempo arquivos que continham as provas de seu depoimento.

Relação com ministro
No documento de Dodge, que está nas mãos de Fachin, encontra-se um anexo complementar que envolve o ministro Napoleão Nunes Maia, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a advogada Renata Gerusa Prado de Araújo.

Dodge pediu uma atenção especial e sugeriu a instalação de processo investigatório sobre eles.

A advogada Renata é filha do desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região e possui uma ligação com o mundo jurídico da capital. Em decorrência disso, ela conseguiu bons contratos com a JBS. Renata e Francisco, o delator, fizeram uma parceria que envolveu grandes lucros.

Separação
As coisas começaram a dar problema para eles, quando a advogada entrou num processo de separação. Seu ex-marido Pedro Bettim Jacobi resolveu copiar e-mails dela, documentos e mensagens de WhatsApp, que acabaram retratando bem todo o sucesso de sua ex-mulher.

O material que ele juntou continha fortes relações e livre acesso com ministros do Superior Tribunal de Justiça e alguns deles tinham muita intimidade com ela. Renata chegou a receber um poema do ministro Napoleão.

A decisão de Raquel Dodge de pedir a abertura dessa frente de investigação, mostra que Operação Lava Jato está se aproximando do topo do Judiciário. As informações estão na revista Crusoé.

Via: blastingnews

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